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Surpreenda-se com a fauna que habita a região do Ártico

Acredite, essa região tem mais biodiversidade do que você imagina: Renas, Corujas, Narvais e outros bichos fantásticos.

Um lugar frio, com vegetação rasteira e temperaturas normalmente abaixo de zero. Pode não parecer, mas o Ártico tem uma enorme biodiversidade, que encanta tanto quanto a aurora boreal.

Suas regiões têm mais espécies que as tropicais Ilhas Galápagos, por exemplo, onde tartarugas, iguanas e albatrozes conquistaram o biólogo Charles Darwin.

A fauna do Círculo Polar Ártico, que faz toda e qualquer viagem valer a pena, vai muito além dos icônicos ursos-polares. Existem, inclusive, animais que habitam tanto o Ártico quanto a Antártida, entre eles, o camarão krill e a orca, que vivem em ambos os pólos. Conheça sete charmosas espécies que habitam o Círculo Polar Ártico, seus projetos de preservação e habitat natural. Embarque conosco!

1. Coruja-do-Ártico

 

Quando estiver passeando pelo Círculo Polar Ártico durante o dia, não se assuste ao se deparar com uma coruja em plena ativa. É isso mesmo! A Coruja-do-Ártico, também chamada de coruja-das-neves, tem hábitos diurnos de caça, graças ao sol da meia noite, época em que o astro-rei é visível por até 24 horas.

A ave surpreende ainda pela sua envergadura, de até 1,5 m, e pode pesar até três quilos. A coruja-do-ártico, originária da tundra do Alasca, onde o animal conta com um centro de preservação (o Alasca Wildlife Conservation Center), também habita as regiões frias dos Estados Unidos, Canadá, Eurásia e Rússia.

2. Boi-Almiscarado

A sua viagem valerá cada passo dado quando encontrar esse animal, graças à sua história de sobrevivência. O boi-almiscarado é uma relíquia do Pleistoceno, a era dos mamíferos gigantes, como o mamute, o mastodonte, o tigre-dentes-de-sabre, as preguiças gigantes e os castores de 200 quilos. Embora a maioria desses brutamontes tenha desaparecido no fim da era do gelo, há 10 mil anos, o boi-almiscarado persistiu e continua encantando com sua enorme população até hoje.

Não é à toa que a espécie é um dos símbolos do Ártico. Ela é dócil e, na verdade, se parece mais com uma cabra do que com um boi. Seu nome é proveniente do cheiro de almíscar que os machos exalam durante o período de acasalamento, ao passo que sua pelagem é longa e ordenada em camadas para suportar o frio extremo.

Hoje, o boi-almiscarado é encontrado na região ártica da América do Norte, na Groenlândia e em alguns locais da Sibéria e Escandinávia. Projetos de preservação desse animal existem no Monumento Nacional do Cabo Krusenstern e na Reserva Nacional Bering Land Bridge , ambos no Alasca. Que tal incluir um deles no roteiro?

Quer saber de onde vem o mito do unicórnio desde a Idade Média? Viaje com a Borealis para o Ártico e conheça o Narval. Também chamado de unicórnio-do-mar, esse animal é da mesma família da baleia branca beluga e chama a atenção pelo que parece ser um chifre na testa dos machos. Mas, na verdade, esse “chifre” é um dente com mais de 10 milhões de terminações nervosas. Esse mesmo dente cresce cerca de três metros, enquanto o corpo atinge até quatro metros. Incrível!

O Narval é um eficiente predador, capaz de pesar até duas toneladas e mergulhar mais de mil metros de profundidade atrás de suas presas. Seu habitat são as águas geladas do Ártico, nas regiões do Canadá, Rússia e Groenlândia, onde pode ser visto em passeios de barcos. Até hoje,  são caçados por populações tradicionais, que usam sua gordura, pele, e carne. Entretanto, para amenizar as perdas, a Comunidade Européia conseguiu a proibição da importação das presas.

4. Urso-polar

O urso-polar, que dispensa comentários, é um dos ícones do Ártico, sendo um dos animais que mais se adaptam ao frio da região, graças ao pelo e à camada de gordura que tem sob a pele – e que o protege. Esse grandalhão, que certamente tornaria sua viagem inesquecível caso visto andando livremente, se não fosse tão temido, se alimenta de diferentes animais, entre eles focas e renas, e pode ser encontrado em locais como Groenlândia, Islândia, Rússia, Alasca e Canadá.

Por sinal, ele é protagonista do Plano de Gestão da Conservação do Urso Polar do Serviço de Peixes e Vida Selvagem (FWS), dos Estados Unidos, que tem unidade no Alasca e dispõe de uma série de ações para salvar essa criatura incrível da extinção. Vale uma visita!

5. Lobo-do-Ártico

Quem nunca ficou encantado ao assistir filmes com lobos na imensidão da neve? Além se ser outro animal incrível típico do Ártico e também um dos mais deslumbrantes graças ao seu pelo branco, o lobo-do-Ártico atualmente pode ser encontrado em liberdade na Groenlândia e em ilhas do Canadá, onde há parques que protegem essa espécie, tal como o Waterton Lakes National Park.

Uma curiosidade sobre esse animal é que seu pelo branco serve como camuflagem, para que outros predadores não o encontrem em meio à neve. Além disso, como acontece com os humanos, sua pelagem fica cada vez mais branca à medida que eles envelhecem.

6. Foca

Embora mais comuns, porém não menos importantes, as focas contribuem imensuravelmente com a fauna do Ártico, uma vez que estão espalhadas em grandes áreas e são o alimento de muitos outros animais com os quais compartilham o ecossistema.

Esses mamíferos, apesar de não terem orelhas, comunicam-se uns com os outros por meio de sons. Elas passam tanto tempo fora da água quanto dentro dela, onde se alimentam, principalmente, de peixes. As focas estão em quase todo o círculo ártico.

7. Rena

E, para fechar com chave de ouro, as “mágicas” renas. Além de puxar o trenó do Papai Noel, esse mamífero é caracterizado por ser um dos maiores herbívoros das regiões árticas. Uma rena pode pesar até 170 kg e, ao contrário do que muita gente pensa, os chifres não são exclusivos dos machos: as fêmeas também nascem com chifres.

Infelizmente, as renas têm sofrido devido às mudanças climáticas da região. Mas, caso você vá até o Alasca, Canadá, Rússia e Noruega poderá ter o privilégio de fotografar essa espécie tão incrível.

A linha do Círculo Polar Ártico passa pelo meio da Vila do Papai Noel em Rovaniemi, na Lapônia. O que significa que estando ali é mais que possível cruzar uma rena. Uma vez hospedado no local, inclusive, vale também a pena fazer uma imersão mais profunda entre o final de setembro e o início de março, quando se tem mais chance de observar a aurora boreal.

O Ártico, afinal, tem muito mais a oferecer do que se imagina. Seus animais não podem ser trazidos na bagagem, mas a incrível experiência de tê-los encontrado, sim!

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