Viagem de Aurora Boreal com idosos: é possível?
Viajar para ver a Aurora Boreal com idosos é não apenas possível, como pode ser uma experiência mágica e inesquecível para...
Artigos exclusivos sobre a Aurora Boreal, os destinos do Ártico e experiências inesquecíveis!
Além da Aurora Boreal, o arquipélago oferece passeios ricos em natureza, cultura e lendas misteriosas que valem cada passo dado. Quer apostar?
É no Oceano Atlântico Norte, bem ao norte da Irlanda e ao Sul da Islândia, que fica um arquipélago formado por 18 ilhas, batizadas de Ilhas Faroe. Montanhosas, essas terras cercadas por águas salgadas e muita cultura estão há duas horas de avião da Europa Continental e oferecem ao turista vasta experiência junto a natureza. Isso, graças às suas formações rochosas, que elevam qualquer viajante acima de sua mais alta expectativa, principalmente, para quem vai até lá em busca da caça à aurora boreal.
É claro que os caçadores estão sempre alertas ao fenômeno, que pode (sim!) ser visto por lá. Entretanto, as Ilhas Faroe têm muito mais a mostrar que apenas a aurora boreal. Não há como não se render aos demais encantos locais, que não ficam aquém do brilho que vem do céu. Portanto, se vai viajar para as Ilhas Faroe para caçar a Aurora Boreal, prepare-se para as outras experiências que esse destino oferece.
Viajar significa viver experiências reais com a cultura e o povo local. Nas Ilhas Faroe o turista se junta a marinheiros e pescadores num dia de pescaria, que pode ser em um dos veleiros mais tradicionais e antigos das ilhas. Pode-se passar horas no mar conhecendo as tradições locais, conversando e aprendendo com marinheiros, além de saborear os peixes preparados à moda faroesa.
Falando em sabor, Faroe é um convite a alta gastronomia, com lagostins pescados na baías e algas criadas por fazendeiros marinhos. Tem também bacalhau e carneiros preservados com uma técnica de fermentação chamada raest, típica dali. Bom apetite!
Um dos pontos altos do País, a famosa cachoeira Gasadalur está escondida em meio a campos verdes e desemboca toda a sua beleza no mar. O viajante pode usar do seu tempo para contemplar e fotografar essa paisagem que, acredite: é única no mundo!
Aproveitar o caminho para visitar o lago Leitisvatn também é indiscutível, já que ele é o maior do país, cercado por uma enorme falésia que deságua no mar pela cachoeira Bøsdalafossur. Ali, uma incrível ilusão de ótica é possível entre a superfície e o leito oceânico, dependendo do ângulo de visão. Fotografe sem moderação!
Outro destino que deve ser incluído no roteiro é a ilha Mykines . Entre as principais ilhas do arquipélago, ela abriga um dos ícones do País: o Puffin – um belo pássaro de bico colorido, que faz do local o seu habitat entre os meses de maio e agosto, quando migra para se reproduzir. Já no farol da ilha, a caminhada vale ainda mais a pena aos amantes dos animais, que encontrarão focas e gansos indianos.
Ao pegar a estrada para Eysturoy via Streymoy, a caminho de Gjogv, passa-se pelo primeiro túnel subaquático das Ilhas Faroe, a mais de 100 metros abaixo do nível do mar.
Um desvio rápido para Vestmanna é uma ótima ideia, pois oferece um passeio de barco que leva o turista a contemplar belos pássaros.
Em seguida, no caminho via Kvívík, há um povoado Viking que é uma visita quase obrigatória. Nesse passeio, a “Atlantic Bride”; será cruzada até Eysturoy e depois para Eiði, cujo objetivo é a vista espetacular das formações rochosas;”The Giant and the Bitch”; (no português, o gigante e a cadela), ao lado do topo norte de Eysturoy.
A pitoresca aldeia de Tjørnavík tem uma linda praia que faz qualquer cidadão tirar os sapatos para sentir a água do mar, por mais que o clima esteja frio. Por lá, há vestígios visíveis dos VIkings que emocionam até quem não é apaixonado por história. Perto dali, no caminho para Gjogv a parada é em Saksun, que definitivamente merece uma visita à igreja e ao museu Dúvugarður. Já na passagem montanhosa entre Gjogv e Eiði, a vista é para a montanha mais alta das Ilhas Faroe, que impera arranhando o céu.
A primeira parada em destino à Klaksvík será na vila de Oyndarfjørður, onde encontram-se as místicas “Rolling Stones” ou “Rinkusteinar”; (no português, pedras rolantes). Diz a lenda que uma velha bruxa amaldiçoou dois navios piratas, transformando-os em pedras. Para pedir socorro – mas há quem acredite que é apenas para chamar a atenção – os antigos navios passam o tempo a balançar suas pedras na praia.
Outra visita nessa etapa da viagem fica a cargo da igreja onde o pintor dinamarquês Eckersberg pintou um retábulo local. Depois de Oyndarfjørður, a ideia é passar pelo segundo e mais novo túnel submarino nas Ilhas Faroé, que leva a Klaksvík. O melhor dessa passagem é ficar de olho no fundo do túnel, onde o artista Tróndur Patursson decorou com arte em vidro.
Ilhas do norte: check! As montanhas da região norte são caracterizadas por sua altura e, principalmente, por serem íngremes, proporcionando a oportunidade ideal para belas fotos nos diferentes ângulos por onde se passa. O destaque vai para as ilhas de Fugloy, Svínoy, Borðoy e Kunoy. Depois, o caminho leva para a represa até Kunoy, onde se pode passear por uma plantação de palma idílica.
A ideia aqui é passar o dia todo na ilha de Nólsoy. Há uma barco que sai do porto e leva apenas vinte minutos para chegar à ilha. Ao atracar em Nólsoy, a sensação é que voltamos algumas décadas no tempo, devido à preservação da cultura local. Vale visitar a parte sul da ilha, onde há um farol construído por belos recortes e com uma das maiores lentes do mundo, que pesa aproximadamente quatro toneladas.
Outra visita incrível é no ornitólogo Jens Kjeld Jensen, onde há diversas espécies de pássaros e outros animais empalhados. Uma das maiores atrações, no entanto, é o barco Diana Victoria, que fica no porão do centro turístico. Esse barco é “apenas” o que o marinheiro e aventureiro faroês Ove Joensen construiu para percorrer constantemente por mais de 1.500 km até Copenhague, na Dinamarca.
Como você pode ver, não é só a aurora boreal que faz com que as Ilhas Faroe mereçam uma visita com tempo e atenção. Por lá, há muito o que conhecer e o turista vai voltar com muitas novidades na bagagem!
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