Com saunas autênticas, florestas mágicas, luzes da Aurora Boreal e uma cidade onde é Natal o ano todo, não fica difícil entender porque a Finlândia é, sem dúvidas, o país mais feloiz do mundo.
Poucos espetáculos da natureza despertam tanta fascinação quanto a Aurora Boreal. As luzes que colorem o céu do Ártico são tão inusitadas que nem parecem pertencer a esse mundo. E, de certo modo, não pertencem mesmo: elas vêm do sol.
Mas, afinal, onde é possível ver a Aurora Boreal? E qual a melhor época para testemunhar esse fenômeno? A resposta não está apenas no mapa, mas também no tempo: na mudança das estações, na paciência de esperar pelo fenômeno e na escolha certa do momento.
Com mais de 15 anos de experiência levando brasileiros aos destinos mais remotos do planeta, a Borealis preparou este guia completo para quem sonha em viver essa experiência de forma autêntica.
Neste post, você vai descobrir os melhores lugares para observar a Aurora Boreal, a época ideal para cada região, e dicas essenciais para planejar sua viagem ao ritmo do Ártico.

A Aurora Boreal acontece quando partículas carregadas do sol (principalmente elétrons e prótons) entram em contato com a atmosfera terrestre.
Essas partículas viajam pelo espaço e, ao atingirem o campo magnético da Terra, são direcionadas para as regiões próximas aos polos, onde colidem com gases como o oxigênio e o nitrogênio.
Essas colisões liberam energia em forma de luz, criando as famosas cortinas coloridas que pintam o céu de tons variados. As cores variam de acordo com o gás e a altitude: o verde é o tom mais comum (resultado da interação com o oxigênio a cerca de 100 km de altitude), mas também é possível ver tons de vermelho, rosa, roxo e azul, dependendo das condições atmosféricas e da intensidade da atividade solar.
O espetáculo acontece com mais frequência dentro de uma faixa chamada “oval auroral”, que circunda os pólos magnéticos da Terra. É por isso que lugares como Noruega, Islândia, Finlândia, Suécia, Alasca e Canadá são os melhores pontos de observação.
Mas é importante lembrar: a Aurora Boreal é um fenômeno natural e imprevisível. Sua ocorrência depende da intensidade dos ventos solares, da clareza do céu e do nível de escuridão (quanto menos luz artificial, melhor).
Mesmo nos destinos mais famosos, ver a aurora exige paciência, planejamento e, muitas vezes, um pouco de sorte, mas é justamente essa imprevisibilidade que faz o momento em que ela aparece ser tão mágico.
Os principais destinos para ver a aurora boreal são:
Veja abaixo uma tabela comparativa com os principais locais para ver as luzes do norte.
| Destino | País | Latitude aproximada | Melhor época | Diferenciais culturais e experiências | Dificuldade logística (1 = fácil / 5 = difícil) |
| Tromsø | Noruega | 69° N | Set – Abr | Cidade ártica com museus, vida local e excelente infraestrutura turística. | 2 |
| Rovaniemi (Lapônia) | Finlândia | 66° N | Set – Abr | Vila do Papai Noel, cultura sami, iglus de vidro e sauna finlandesa. | 2 |
| Abisko (Lapônia) | Suécia | 68° N | Set – Abr | Parque Nacional protegido e um dos céus mais limpos da Escandinávia. | 3 |
| Reykjavík + interior da Islândia | Islândia | 64° N | Set – Abr | Geleiras, cachoeiras e lagoas termais; país com forte misticismo nórdico. | 3 |
| Fairbanks | Alasca (EUA) | 65° N | Ago – Abr | Ótima infraestrutura e observatórios, contato com natureza bruta. | 3 |
| Yellowknife (Territórios do Noroeste) | Canadá | 62° N | Set – Abr | Clima seco e céu limpo; cultura indígena Dene e cabanas de madeira isoladas. | 4 |
| Ilhas Lofoten | Noruega | 68° N | Set – Abr | Vilas pesqueiras, rorbuer tradicionais, rota panorâmica E10 e cultura viking. | 3 |
| Ilulissat | Groenlândia | 69° N | Set – Abr | Icebergs, aurora sobre o fiorde de gelo, experiência inuit e isolamento extremo. | 5 |

Conhecida como a capital da Aurora Boreal, Tromsø é um dos destinos mais clássicos nesse tipo de viagem, pois consegue agradar tanto quem busca conforto urbano quanto os aventureiros que querem se jogar na natureza gelada do Ártico. A cidade oferece hotéis boutique, museus e vida cultural.
Além da aurora, há experiências únicas como passeios com renas, dog sledding e gastronomia local baseada em produtos do Ártico. Por estar localizada a 69° N, Tromsø garante noites longas e céu escuro de setembro ao começo de abril, o auge da temporada.

As Ilhas Lofoten são uma das paisagens mais cênicas da Noruega: picos nevados que se erguem no mar, vilas pesqueiras coloridas e estradas panorâmicas como a E10, considerada uma das mais bonitas do mundo.
Aqui, a aurora se reflete nas águas dos fiordes, o que torna esse um espetáculo único no mundo. Viajando com a Borealis, você terá a oportunidade de se hospedar em rorbuer tradicionais, antigas casas de pescadores adaptadas com conforto e autenticidade.

Rovaniemi, no norte da Finlândia, combina natureza polar com um toque de magia: é oficialmente a terra do Papai Noel. A cidade oferece iglus de vidro aquecidos, onde é possível observar a aurora diretamente da cama.
Além disso, é um dos melhores lugares para vivenciar a cultura sami, com trilhas, renas e saunas tradicionais. O clima estável e as estradas bem mantidas tornam Rovaniemi um dos destinos mais acessíveis do Círculo Polar.

Poucos lugares no mundo oferecem uma taxa de sucesso tão alta quanto Abisko, no norte da Suécia. O Parque Nacional de Abisko tem um micro clima seco e um céu extremamente limpo, o que aumenta as chances de ver a aurora mesmo em noites nubladas nas regiões vizinhas.
O Aurora Sky Station, um observatório localizado no alto das montanhas, oferece uma das experiências mais impressionantes para observação. Ideal para viajantes que buscam natureza e fotografia.

Na Islândia, a aurora é vista diretamente de um cenário de outro planeta, com direito a geleiras, cachoeiras, vulcões e lagoas termais. As luzes aparecem de setembro a abril, principalmente longe da capital.
Locais como o Parque Nacional de Thingvellir, o Lago Myvatn e a região de Vik são ótimos pontos de observação. Além da beleza natural, o país carrega uma forte herança mitológica: os vikings acreditavam que a aurora era um reflexo das espadas das valquírias no céu.

Com cerca de 200 noites de aurora por ano, Fairbanks é o principal ponto de observação dos Estados Unidos. A cidade conta com infraestrutura completa, observatórios, tours guiados e até trens panorâmicos que cruzam as florestas nevadas durante o inverno.
É lá também que fica o Geophysical Institute da Universidade do Alasca, referência em estudos sobre o campo magnético terrestre e a atividade solar, além de ser considerado o principal centro mundial de pesquisa sobre auroras. O instituto mantém monitoramentos em tempo real do fenômeno e oferece programas educativos para visitantes.

Situada nos Territórios do Noroeste, Yellowknife é conhecida pelo céu cristalino e clima seco, o que a torna um dos lugares com maior visibilidade da aurora no planeta.
Ali, a experiência vai além do espetáculo visual: é possível conhecer a cultura indígena Dene, hospedar-se em cabanas de madeira à beira de lagos congelados e participar de workshops sobre o fenômeno natural.

A Groenlândia é para quem busca uma experiência realmente fora do comum. Em Ilulissat, as luzes dançam sobre fiordes de gelo e icebergs flutuantes, em uma das paisagens mais selvagens e isoladas do planeta.
Durante o dia, é possível navegar entre blocos de gelo, visitar comunidades inuit e aprender sobre como os povos locais interpretam o fenômeno da aurora há séculos.
Como a aurora boreal depende da combinação de atividade solar e escuridão total do céu, o período ideal para observá-la acontece durante os meses mais frios e longos do hemisfério norte, quando as noites são mais extensas.
De modo geral, a temporada oficial vai de setembro a abril, com destaque para os meses de novembro a fevereiro, quando a escuridão é mais profunda. Essa é a janela em que se concentram as melhores taxas de visibilidade, especialmente nas regiões próximas ao Círculo Polar Ártico, como Noruega, Finlândia e Islândia.
Mas há um detalhe interessante: os equinócios de outono e primavera (em torno de setembro e março) também são períodos excelentes para observar o fenômeno. Nessas épocas, há um equilíbrio entre a atividade geomagnética do Sol e condições climáticas mais estáveis, o que significa noites escuras, mas com céu mais limpo. Esse é um bom momento para quem prefere enfrentar temperaturas um pouco menos extremas.
Para aumentar suas chances de ver a aurora boreal, você precisará de uma combinação de três fatores: planejamento, paciência e estratégia. Mesmo nos melhores destinos e períodos do ano, o fenômeno é um tanto imprevisível, pois depende do clima e da atividade solar.
No entanto, seguindo algumas dicas, você terá boas chances de sucesso:
A aurora não aparece todas as noites. O recomendável é permanecer de três a cinco noites em uma região de alta latitude. Isso aumenta consideravelmente as chances de pegar ao menos uma noite de céu limpo e atividade solar intensa.
Contar com o suporte de guias especializados maximizam suas chances, já que eles saberão construir a melhor estratégia de deslocamento em busca de céus sem nuvens, nas chamadas Caçadas à Aurora Boreal. Isso é especialmente importante em destinos onde o deslocamento durante a noite e nos meses de inverno são muito desafiadores, como na Islândia e na Noruega.
Locais como Abisko (Suécia) e Yellowknife (Canadá) têm fama de céus limpos, com clima seco e baixa nebulosidade. Pesquisar o histórico meteorológico e escolher regiões com menos cobertura de nuvens pode fazer toda a diferença.
As temperaturas no Ártico durante o inverno podem cair abaixo de –20 °C. Roupas térmicas em camadas, botas impermeáveis, luvas e gorros são indispensáveis. Recomendamos investir em boas peças de base layer e jaquetas técnicas. Conforto térmico é o que vai permitir ficar do lado de fora por horas esperando o céu se acender.
Cidades grandes oferecem conforto, mas diminuem a visibilidade. Busque hospedagens fora dos centros urbanos, de preferência em áreas rurais ou de natureza aberta. Muitos hotéis especializados em aurora oferecem alertas automáticos que avisam o hóspede quando as luzes aparecem no céu, uma boa forma de não perder o momento.
Aplicativos como My Aurora Forecast, Aurora Alerts e sites de monitoramento do Space Weather Prediction Center ajudam a acompanhar em tempo real o índice Kp (que indica a intensidade da atividade geomagnética). Um Kp 4 ou superior já é suficiente para garantir boas chances de visualização.
Como já dissemos anteriormente, a aurora é um fenômeno natural e imprevisível. Mesmo nos melhores destinos, ela depende do clima e da atividade solar. A Borealis trabalha com monitoramento em tempo real, mas reforça: o encanto está justamente na incerteza.
Nuvens, tempestades e mudanças de rota fazem parte da aventura. Flexibilidade é essencial. Às vezes, o caminho até a aurora é tão marcante quanto o próprio espetáculo.

Em poucos dias de viagem, é possível viver o encanto da Aurora Boreal e ainda conhecer um pouco da cultura local dos países do ártico. Para isso, é preciso que o roteiro seja bem planejado e priorize o essencial: céu limpo, boas chances de aurora e experiências autênticas.
Com mais de 15 anos de experiência e centenas de viajantes levados ao Ártico, a Borealis é especialista em transformar o sonho de ver a Aurora Boreal em uma experiência completa, que vai muito além do espetáculo visual.
A seguir, dois exemplos de viagens curtas que combinam todos os fatores necessários para tornar essa viagem inesquecível.
Duração: 10 dias
Saídas: de novembro a março. Saiba mais aqui.
Destaques do roteiro:
Melhor época: de dezembro a março, quando o céu está mais escuro e as chances de aurora aumentam.
Duração: 7 dias
Saídas: novembro a março. Saiba mais aqui.
Destaques do roteiro:
Melhor época: de novembro a março, com destaque para as noites longas de janeiro e fevereiro.
Duração: 7 dias (roteiro fixo com guia em espanhol ou português)
Saídas: novembro a março. Saiba mais aqui.
Destaques do roteiro:
Melhor época: de dezembro a março, período de maior estabilidade atmosférica e noites mais longas.